Tanto me lamentei por não me darem ouvidos nas aulas que lá acabei por conseguir o tão desejado tempo de antena... Vou mesmo deixar de falar para o boneco para ter uma verdadeira audiência! É já amanhã, dia 1 de Julho, que estreia, na Stump Radio ( 87.7 f.m), a «Hora Tuga», um programa radiofónico em Português que podem ouvir durante o mês de Julho, das 15h-17h. Notícias, divulgação cultural, conversa animada e, naturalmente, muita música nacional transmitida em directo do Centro Cultural Blackfriars, em Boston.
Pois, é... Já há uns dias que o nosso blog não regista novidades. E não porque não as haja; pelo contrário, elas têm surgido em torrentes, velocíssimas e abundantes.
A primeira surpresa foi o empenho dos jovens de Haven High no concurso «Caça ao tesouro»: não houve, de facto, um único enigma para o qual os participantes não tivessem encontrado solução! Mas o grupo vencedor, integrado pelas três Graças (ora aqui está um tema de mitologia para pesquisarem) - Nadine, Sónia e Tânia (por ordem alfabética, para que nenhuma se sinta inferiorizada) -, teve ainda o mérito de ser o primeiro a entregar os mapas de prova, o que lhe valeu o prometido prémio. Não vinha dentro de um baú, nem sequer reluzia, mas a satisfação da vitória só por si já foi compensatória...
As vencedoras.
A última semana (neste caso, até será mais rigoroso dizer-se fim-de-semana), foi também marcada pela realização da vídeo-conferência sobre sexualidade, com intervenções dos Drs. César Lares dos Santos e Cristina Azevedo, reunidos em Coimbra, mas virtualmente presentes em Boston. Embora não tenha sido nada fácil fazer face aos problemas técnicos, a nossa teimosia acabou por tornar possível uma actividade já por várias vezes adiada... Os relatos de ambas as vídeo-conferências realizadas este ano estão já em preparação (é sempre preciso cortar, colar, limar e envernizar os textos antes de os apresentar ao público, não é verdade?) e ser-vos-ão disponibilizados neste blog muito em breve. As autoras são a Sara Rocha, a Cátia Couto (St. Bede's College) e a Nadine (Haven High).
Aqui foram recolhidas as questões que queríamos colocar aos médicos.
A passada semana foi também a primeira de férias para os alunos do 11º ano... É um capítulo que se encerra no seu percurso escolar. Uma promessa fica, no entanto, à espera de ser cumprida no próximo ano lectivo: o regresso às aulas de Português. Conto convosco!
A última das novidades é... melhor não revelar por agora. Adianto que é algo tão interessante como inesperado. Leiam o próximo capítulo para a semana.
Mesmo sem pretender transformar este blog num diário pessoal, não resisto a contar (pelo menos, estou mais talhada para contar do que para cantar) a peripécia que me sucedeu hoje em St. Bede's, o pacato colégio católico onde eu pensava que o pior que podia calhar-me em sorte era enfrentar a irreverência (aí está um dos tais eufemismos de que falávamos) de um ou outro aluno com pouca vontade de trabalhar. Pois estava redondamente enganada. Imagine-se que uma das "teaching assistants" me pediu para repetir o hino nacional, que esforçadamente tinha estado a ensinar a um grupo de alunos na aula anterior. Mas pior: convocou uma plateia numerosa para assistir ao evento, uma plateia que tomou assento, afinou os ouvidos e não admitiu fugas ou recusas. Tive mesmo de cantar!
Só por amor à pátria... ou seria uma completa falsa de senso!...
Todos parecem saber que dia 10 de Junho é feriado nacional, mas poucos provaram saber o que se comemora, ao certo. O título deste “post” já responde aos menos esclarecidos, a quem peço que realizem – a título de penitência ;) – as actividades que se seguem. Tamanha falta de consciência nacionalista merece mesmo um esforço de redenção!Por isso, toca a trabalhar!
1. Ouve atentamente o Hino Nacional e completa as lacunas:
_______________ do mar, nobre povo, _________valente, ____________, Levantai _____________ de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da ________________, Ó Pátria sente-se _____________ Dos teus egrégios _____________, Que ___________ guiar-te à vitória!
_______ armas, ______ armas! Sobre a ___________, sobre o ______________, _______ armas, _________ armas! Pela _____________ lutar Contra os canhões ______________ , ____________!
2. És um verdadeiro patriota? Para testares o teu índice de nacionalismo, responde às seguintes questões sobre o hino nacional:
1. Quem compôs a música do hino nacional? a) Rui Veloso; b) Carlos Seixas; c) Alfredo Keil.
2. Quem escreveu a letra? a) Carlos Tê; b) Fernando Tordo; c) Henrique Lopes de Mendonça.
3. Qual o título do nosso hino? a) A Portuguesa; b) Hino da República Portuguesa; c) Às armas.
4. Em que século foi pela primeira vez entoada a música do hino? a) XVIII; b) XIX; c) XX.
5. Quando se tornou oficialmente hino nacional? a) 1910; b) 1911; c) 1974.
6. Indica um sinónimo de ‘egrégios’: a) antigos; b) ilustres; c) patrióticos.
7. O que significa esplendor? a) Glória, magnificência; b) riqueza, abundância; c) bandeira, estandarte.
Para apurares a tua pontuação, consulta o Dicionário de Língua Portuguesa e o site do Ministério da Defesa Português (antecedentes do Hino Nacional), onde se apresenta o historial completo do nosso hino: http://www.mdn.gov.pt/Defesa/Simbolos/Simb_Hino.htm
Agora, descobre os resultados do teste:
Se erraste quatro ou mais perguntas: Atenção! Pendurar a bandeira portuguesa na janela quando joga a selecção e ter um galo de Barcelos em cima do frigorífico não faz de ti um bom patriota. Para sê-lo, há que conhecer um pouco mais acerca da História, da Cultura e da Língua do teu país, que símbolos como a bandeira e o hino tão bem representam.
Se acertaste quatro ou mais perguntas: Parabéns! És um verdadeiro patriota, daqueles que não perde uma oportunidade para celebrar, de mão ao peito – e de peito inchado – o valor do povo Português!
E, porque, depois do trabalho, a distracção é bem merecida, proponho-vos que se divirtam com uma anedota sobre esse grande poeta da Literatura Portuguesa que é… que é…
Numa manhã, a professora pergunta a um aluno: -Diz-me lá quem escreveu Os Lusíadas? O aluno, a gaguejar, responde: - Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui. E começa a chorar. A professora, furiosa, diz-lhe: - Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai. Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa: - Não percebo o seu filho. Perguntei-lhe quem escreveu Os Lusíadas e ele respondeu-me que não sabia, que não tinha sido ele... Diz o pai: - Bem, ele não costuma ser mentiroso; se diz que não foi ele, é porque não foi. Já se fosse o irmão... Irritada com tanta ignorância, a professora resolve ir para casa e, ao passar pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante: - Parece que o dia não lhe correu muito bem... - Pois não! Imagine que perguntei a um aluno quem tinha escrito Os Lusíadas e, respondendo-me que não sabia, começou a chorar. O comandante do posto retorquiu: - Não se preocupe. Chamamos cá o miúdo, damos-lhe um "aperto" e vai ver que ele confessa tudo! Com os cabelos em pé, a professora chega a casa e encontra o marido sentado no sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe este: - Então, o dia correu bem? - Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a um aluno quem tinha escrito Os Lusíadas. Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ele, e pôs-se a chorar. O pai diz-me que ele não costuma ser mentiroso. O comandante da G.N.R. quer chamá-lo e obrigá-lo a confessar. Que hei-de fazer a isto?! O marido, confortando-a: - Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que, se calhar, foste tu e já não te lembras!...
Afinal, quem escreveu Os Lusíadas?...
Bem, para terminar, e porque 10 de Junho é também o nosso dia, isto é, o dia das Comunidades Portuguesas, não deixem de ver as fotos relativas à celebração da data em Londres, Kennington Park, visitando o site da Comunidade Portuguesa no Reino Unido: http://www.tugas.co.uk/
Neste filme, os actores não são piratas, nem vêm das Caraíbas. Só o “tesouro” é fictício ou, por outra, simbólico. Na verdade, vai haver prémios para o grupo vencedor, mas o que se pretende descobrir ou redescobrir por detrás dos enigmas são sobretudo alguns temas, factos e curiosidades da língua e da cultura portuguesas.
Fico à espera dos mapas de prova, devidamente preenchidos, no fim da semana.
«É uma professora simpática, que verdadeiramente se preocupa com os alunos.O problema é que adora usar palavras caras e, às vezes, nem repara que ficamos como "um burro a olhar para um palácio". Sim, nós consideramos a "stora" uma "geek", mas ela consegue assustar-nos seriamente quando diz que gostava de ser ainda mais "geek"! Enfim, deixa-nos sem fôlego! Mas aquilo a que achamos graça é ao tique de passar a mão pelo cabelo mais de 20 vezes numa aula! Ou ainda não reparou que não tem nenhum príncipe encantado na sala ou, se calhar, anda a sonhar acordada!(...)» (Tânia Marisa e Sónia Tavares)